Wilson Spaghetti
Ó virgem da barranca fria
O sol já vem acordar o dia
E sua face pálida na água luzidia
É moldura que a morte prenuncia
Tem no seio uma flor murchada
Nos cabelos a maciez da lã
E semblante lânguido de quem
Viveu de esperanças vãs
Ó virgem da ribeira triste
O sol levantou, no céu já anda em riste
E seus pés descalços na areia insiste
Em levar-te a esmo aonde nada existe
Quem é essa divinal figura?
Por que causa em mim tanto desejo?
Em suspiros sigo seus paços, delirante
Na vã esperança de um furtivo beijo
Ó virgem da margem lamacenta
O sol se vai indo em câmera-lenta
E seu seio ofegante de tanta tormenta
Flutua sublime na água barrenta
Pobre de mim que da barranca espia
A virgem sonhada que o rio levou
A mim também consuma as águas geladas
Quem sabe consuma-se assim nosso amor
Poema produzido para servir de texto-base para análise das características utra-românticas da 2ª Geração. Bem como de pretexto para estudo das palavras derivadas e também do processo de versificação.
Ó virgem da barranca fria
O sol já vem acordar o dia
E sua face pálida na água luzidia
É moldura que a morte prenuncia
Tem no seio uma flor murchada
Nos cabelos a maciez da lã
E semblante lânguido de quem
Viveu de esperanças vãs
Ó virgem da ribeira triste
O sol levantou, no céu já anda em riste
E seus pés descalços na areia insiste
Em levar-te a esmo aonde nada existe
Quem é essa divinal figura?
Por que causa em mim tanto desejo?
Em suspiros sigo seus paços, delirante
Na vã esperança de um furtivo beijo
Ó virgem da margem lamacenta
O sol se vai indo em câmera-lenta
E seu seio ofegante de tanta tormenta
Flutua sublime na água barrenta
Pobre de mim que da barranca espia
A virgem sonhada que o rio levou
A mim também consuma as águas geladas
Quem sabe consuma-se assim nosso amor
0 Comentários:
Postar um comentário